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domingo, 1 de abril de 2012

EDUCAÇÃO LIBERTADORA: A REVOLUÇÃO NECESSÁRIA


Só a educação libertadora forma seres livres e corajosos! É necessário mostrar aos jovens a alegria de viver, de crescer emocional, intelectual e espiritualmente. Temos que, enquanto educadores, mostrar-lhe que a vida tem sentido e que os sentimentos deles são importantes. Mas, primeiro é preciso acreditar nisto. A automatização e a alienação são os grandes perigos de uma vida sem significado. O vazio pode ser preenchido pelo consumo desenfreado, pela violência, pela droga, porque a energia criativa sempre existe e tem que ser canalizada de alguma forma. A paz que imaginamos e aspiramos, começa com a paz de todo ser humano consigo mesmo e com o próximo. Acreditamos que na educação nos moldes que discutimos pode conseguir isto. O caminho tem que passar por uma revolução na educação. A sociedade precisa mudar. Sem mudança social não haverá mudança na escola. Entretanto, sem mudança no indivíduo, será difícil promover qualquer mudança na sociedade.
            A proposta libertadora não é nova em educação, mas apenas uma reorientação do pensamento pedagógico, no sentido de trazer para seu foco como ponto principal a pessoa humana como objeto central da educação. Nessa proposta, educador e educando devem ser críticos. Ser crítico, enquanto educador é considerar que o educando pensa e tem hipóteses sobre o objeto do conhecimento. O educador deve saber ouvi-lo, conhecê-lo, propor uma metodologia compatível com aquilo que o aluno tem, de forma que este possa avançar. Ser crítico enquanto educando é saber se colocar, questionar o que lhe é ensinado, discutir, debater, tomar a responsabilidade de construir a sua própria expressão e forma de conhecimento. O indivíduo é instigado a questionar, buscar o saber, confiar em si, ter consciência da riqueza das suas potencialidades.  
            A proposta ética da educação em liberdade e democracia deve ter como objetivo a igualdade de oportunidades para todos, que garanta uma “educação ao longo da vida”; que capacite a cada indivíduo para dirigir seu destino num mundo acelerado de rápidas mudanças, como também uma política democrática que iguale direitos e oportunidades para todos. Dessa forma, as relações exercidas na educação deverão dar-se numa comunicação dialógica em liberdade e democracia, no reconhecimento das diferenças humanas, na justiça e igualdade solidária. Este é o lugar da nova produção do conhecimento...

 
Marilda Coelho da Silva (Professora / Historiadora e Especialista em Educação Profissional de Jovens e Adultos).

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