Como agir com ética diante de uma gravidez indesejada?

Atualmente muito se fala em ética, ou simplesmente na falta da mesma. A ética é um conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta humana na sociedade. Segundo Souza (2011) “na vida cotidiana, emitimos permanentemente juízos morais, dizemos que alguém agiu corretamente, que uma pessoa foi antiética etc. todos temos concepções do certo e do errado”. Todavia, como proceder dentro dos princípios éticos diante de uma situação onde tenha que se fugir desses princípios, como o caso de uma gravidez indesejada, que o único caminho a ser seguido pela vítima é um aborto?

            Ética é todo ato que conduz ao bem de forma livre e consciente. Toda cultura e cada sociedade institui uma moral, isto significa, valores relacionados ao bem e ao mal, ao permitido e ao proibido, e à conduta correta, válidos para todos os seus membros. Culturas e sociedades fortemente hierarquizadas e com diferenças muito profundas de classes podem até mesmo possuir várias morais, cada uma delas referidas aos valores de uma classe social. No entanto, há casos específicos em que as pessoas são conduzidas por caminhos que fogem da ética, como no caso de uma gravidez indesejada, em que a vítima só tem o aborto como saída. Vejamos a seguinte situação: o local que muitas vezes parece ser um âmbito seguro passa a ser cenário de abusos que marcam a vida de crianças e adolescentes. É entre as quatro paredes das quais deveríamos chamar de “lar” que abusos acontecem, muitas vezes por pais, parentes e até mesmo pessoas conhecidas da família que frequentam a nossa casa, resultam em gravidez.

            Percebemos que todas as sociedades têm seus princípios morais, sua ética. Entretanto, muitas vezes elas têm que fugir desses princípios no momento de tomar uma decisão precisa, como no caso do aborto, que mesmo sendo contra os princípios morais/éticos não visualizam outra alternativa. 

(Autoras: Maria Gabriela C. B. Nóbrega / Marilda Coelho da Silva).

           

Referência

SOUZA, Draiton. O desafio da reflexão ética. Mundo Jovem, ano 3 , n. 11, fev. de 2011.