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sábado, 30 de abril de 2011
segunda-feira, 25 de abril de 2011
Beatificação do Monsenhor José da Silva Coutinho – Padre Zé
Atendendo aos apelos de inúmeros fiéis, iniciou-se na Paraíba os procedimentos necessários para o processo de beatificação do Monsenhor José da Silva Coutinho. A beatificação consiste em provar através de depoimentos que o candidato praticou em grau heroico todas as virtudes cristãs. Na segunda etapa, a Igreja pede a apresentação de um milagre comprovado, alcançado através da intercessão do candidato à beatificação. Só valem milagres acontecidos após a morte dele. No decorrer da primeira etapa, recolhem-se graças ou curas extraordinárias. Forma-se outro tribunal canônico: convocam-se testemunhas e médicos, para examinar as curas apresentadas. Se uma cura for declarada inexplicável pela medicina atual e aprovada pela comissão dos teólogos, o candidato pode ser proclamado BEATO ou Bem-aventurado e ser venerado na região onde viveu. Atualmente basta um milagre para a beatificação.
O Monsenhor José da Silva Coutinho - Padre Zé, nasceu na localidade Banabuié, quando a cidade de Esperança ainda era vila, no dia 18/11/1897, filho de Júlio da Silva Coutinho e Eusébia de Carvalho Coutinho. Entrou no Seminário da Paraíba em 01 de março de 1908, onde fez todo o seu curso eclesiástico, ascendendo ao presbiterato em 23 de maio de 1920, na Igreja Matriz da Catedral Nossa Senhora das Neves, Capital da Paraíba. Em João Pessoa, foi gerente do Jornal A Imprensa, Capelão de Cruz das Armas (1920), Ecônomo do Colégio Pio X (1924), Ecônomo do Seminário da Paraíba e Capelão da Ordem III do Carmo (1927, 1937-1940), Vigário da Catedral de Nossa Senhora das Neves (1929 – 1937), Chefe do Serviço de Assistência Social do Estado, Capelão do Abrigo Jesus de Nazaré (1940-1943), Capelão da Igreja de Nossa Senhora das Mercês (1943). Tocava piano, órgão, flauta e violino e compôs diversas músicas. Em 24 de junho de 1964, lança a pedra fundamental da Casa do Pobre ou do Padre Zé (Hospital Padre Zé).
Mas, foi nas obras sociais que o famoso padre se destacou. Monsenhor Coutinho foi o pioneiro na promoção humana, tendo fundado a 19 de março de 1935 o "Instituto São José" em João Pessoa, com cursos profissionalizantes e assistência às pessoas carentes, o qual dirigiu até seu falecimento, tornando-se conhecido como o "Pai da Pobreza". Nos últimos anos, já de idade avançada, saia em sua cadeira de rodas para angariar fundos para as suas obras sociais. Cidadão benemérito de mais de 40 municípios. Faleceu no dia 5 de novembro de 1973, e foi sepultado no Cemitério Senhor da Boa Sentença.
Os familiares do Padre Zé estão catalogando milagres comprovadamente registrados e atribuídos ao Monsenhor José Coutinho, para fundamentar o processo de pedido de beatificação. O desembargador Júlio Aurélio, sobrinho e testamenteiro de Padre Zé Coutinho, disse que há muito tempo que a família vem recebendo apelos no sentido de que se dê início ao processo de beatificação (Portal Correio).
Em Esperança, por meio da lei estadual nº 4.010, de 15/08/1978, o Colégio Estadual recebeu o nome do Monsenhor José da Silva Coutinho.
(Fontes: http://www.portalcorreio.com.br/noticias/matLer.asp?newsId=15144; Revista Esperança, 2007, Livro Apontamentos Biográficos do Clero da Arquidiocese da Paraíba – 1894 - 2004).
Por Marilda Coelho da Silva (Professora / Historiadora e Especialista em Educação Profissional de Jovens e Adultos – PROEJA / Graduanda em Filosofia / Coordenadora de Ciências Humanas e suas Tecnologias na cidade de Esperança / Mestranda em História pela UFCG).
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Membros da Pastoral da Aids de Esperança participam de capacitação em Maceió
Nos dias 1, 2 e 3 de abril representantes da Pastoral da Aids da cidade de Esperança participaram de uma capacitação em Maceió, sobre Incidência Política. A Pastoral da Aids em comunhão com a igreja tem a missão de:
- Capacitação de agentes
- Controle social
- Prevenção
- Promoção humana: assistência e solidariedade
- Articulação
- Combate ao preconceito e discriminação
Explicação sobre a origem política da filosofia, tendo como referência o texto de Vernant, Jean Pierre
*Alex Souto Arruda
Os filósofos gregos tratavam a política como um valor e não como um simples fato, considerando a existência política como finalidade superior da vida humana, como a vida boa, entendida como racional, feliz e justa, própria dos homens livres. Embora considerem a forma mais alta de vida a do sábio contemplativo, isto é, do filósofo, afirmam que, para os não-filósofos, a vida superior só existe na Cidade justa e, por isso mesmo, o filósofo deve oferecer os conceitos verdadeiros que auxiliem na formulação da melhor política para a Cidade.
Política e Filosofia nasceram na mesma época. Por serem contemporâneas, diz-se que "a Filosofia é filha da polis" e muitos dos primeiros filósofos (os chamados pré-socráticos) foram chefes políticos e legisladores de suas cidades. Por sua origem, a Filosofia não cessou de refletir sobre o fenômeno político, elaborando teorias para explicar sua origem, sua finalidade e suas formas. A esses filósofos devemos a distinção entre poder despótico e poder político.
Os gregos pregavam que a política é o remédio que a razão encontra para a perda da felicidade da comunidade originária. E que a política resulta do desenvolvimento das técnicas e dos costumes, sendo uma convenção humana. Sendo que a política define a própria essência do homem, e a Cidade é considerada uma instituição natural.
Para os gregos, a finalidade da vida política era a justiça na comunidade, sendo que a noção de justiça fora, inicialmente, elaborada em termos míticos, a partir de três figuras principais: themis, a lei divina que institui a ordem do Universo; cosmos, a ordem universal estabelecida pela lei divina; e dike, a justiça entre as coisas e entre os homens, no respeito às leis divinas e à ordem cósmica. Pouco a pouco, a noção de dike torna-se a regra natural para a ação das coisas e dos homens e o critério para julgá-las.
A idéia de justiça se refere, portanto, a uma ordem divina e natural, que regula, julga e pune as ações das coisas e dos seres humanos. A justiça é a lei e a ordem do mundo, isto é, da Natureza ou physis. Lei (nomos), Natureza (physis) e ordem (cosmos) constituem, assim, o campo da idéia de justiça.
A invenção da política exigiu que as explicações míticas fossem afastadas – themis e dike deixaram de ser vistas como duas deusas que impunham ordem e leis ao mundo e aos seres humanos, passando a significar as causas que fazem haver ordem, lei e justiça na Natureza e na polis.
Para os sofistas, a polis nasce por convenção entre os seres humanos quando percebem que lhes é mais útil a vida em comum do que em isolamento. Convencionam regras de convivência que se tornam leis, nomos. A justiça é o consenso quanto às leis e a finalidade da política é criar e preservar esse consenso.
Se a polis e as leis são convenções humanas, podem mudar, se mudarem as circunstâncias. A justiça será permitir a mudança das leis sem que isso destrua a comunidade política, e a única maneira de realizar mudanças sem destruição da ordem política é o debate para chegar ao consenso, isto é, a expressão pública da vontade da maioria, obtida pelo voto.
Por esse motivo, os sofistas se apresentavam como professores da arte da discussão e da persuasão pela palavra (retórica). Mediante remuneração, ensinavam os jovens a discutir em público, a defender e combater opiniões, ensinando-lhes argumentos persuasivos para os prós e os contras em todas as questões.
A finalidade da política era a justiça entendida como concórdia, conseguida na discussão pública de opiniões e interesses contrários.
Em oposição aos sofistas, Platão e Aristóteles afirmam o caráter natural da polis e da justiça. Embora concordem sob esse aspecto, diferem no modo como concebem a própria justiça.
A polis possui uma estrutura tripartite, formada por três classes sociais: a classe econômica dos proprietários de terra, artesãos e comerciantes, que garante a sobrevivência material da cidade; a classe militar dos guerreiros, responsável pela defesa da cidade; e a classe dos magistrados, que garante o governo da cidade sob as leis.
Os gregos diziam que a cidade justa era governada pelos filósofos, administrada pelos cientistas, protegida pelos guerreiros e mantida pelos produtores. Cada classe cumprirá sua função para o bem da polis, racionalmente dirigida pelos filósofos. Em contrapartida, a Cidade injusta é aquela onde o governo está nas mãos dos proprietários – que não pensam no bem comum da polis e lutarão por interesses econômicos particulares -, ou na dos militares – que mergulharão a Cidade em guerras para satisfazer seus desejos particulares de honra e glória. Somente os filósofos têm como interesse o bem geral da polis e somente eles podem governá-la com justiça.
Pregavam, ainda, que a justiça distributiva consiste em dar a cada um o que é devido e sua função é dar desigualmente aos desiguais para torná-los iguais. Para ser justa, a Cidade não poderá reparti-los de modo igual para todos.
A função ou finalidade da justiça distributiva sendo a de igualar os desiguais, dando-lhes desigualmente os bens, implica afirmar que numa cidade onde a diferença entre ricos e pobres é muito grande vigora a injustiça, pois não dá a todos o que lhes é devido como seres humanos. Na cidade injusta, em lugar de permitirem aos pobres o acesso às riquezas (por meio de limitações impostas à extensão da propriedade, de fixação da boa remuneração do trabalho dos trabalhadores pobres, de impostos e tributos que recaiam sobre os ricos apenas, etc.), vedam-lhes tal direito. A Cidade injusta, portanto, impede que uma parte dos cidadãos tenha assegurado o direito à vida boa.
A justiça política consiste em respeitar o modo pelo qual a comunidade definiu a participação no poder. Essa definição depende daquilo que a Cidade mais valoriza, os regimes políticos variando em função do valor mais respeitado pelos cidadãos.
Do exposto, podemos, assim dizer, que os gregos inventaram a política e que a política e a filosofia surgem de um tipo de discurso, de diálogo ou questionamento que, no decorrer do tempo, passamos a chamar de filosofia.
* Bacharel em Direito – Advogado Militante – Pós-graduado em Direito Processual Civil – Mestre em Ciência Sociais da Religião – Graduado em Filosofia - Membro da Grande Loja de Jurisdição da Língua Portuguesa. Professor de Filosofia e de Direito da CEESTNE e do INTEPPB.
domingo, 10 de abril de 2011
Sinalizar esta mensagem Antonio Silvino em Esperança (Parte II)
Escrevemos noutra oportunidade sobre as aparições de Antonio Silvino em Esperança. O cangaceiro, - cujos feitos e aventuras foram descritos por Francisco das Chagas Batista no cordel “A Vida de Antonio Silvino” (1904) -, percorreu a nossa região e, segundo relatos, arrecadou dinheiro neste município sob o compromisso de abster-se de perturbar os comerciantes locais.
Reforçando ainda mais a presença do velho “Rifle de Ouro” encontramos referência no cordel “História do Capitão Antonio Silvino – do Agreste ao Sertão”, escrito por Ary Dantas, com argumento, teoria e rima do locutor Israel Galdino (Longa Ponga). O material pertence ao acervo de Antonio Barbosa, que nos franqueou a agradável leitura. E foi doado pelo radialista em 30/03/2011.
Anotamos alguns versos do cordel:
“No município de Esperança
O prefeito Manuel Rodrigues
Era uma grande liderança
No Cemitério eles se encontraram
Com Silvino que lhe entregava
Um dinheiro para as suas andanças”.
(Op. Cit., p. 08).
E mais:
“Seu Porfírio aqui de Esperança
Guarda uma arma de lembrança
Que o Capitão Antonio Silvino
Na sua vida lutara
Com a sua grande turma
Que com a arma executava”
(Op. Cit., p. 07).
Naquele tempo era comum a presença de cangaceiros na região. Consta ainda que no dia 28 de maio de 1910, em Lagoa de Pedra, houve uma acirrada luta entre a polícia e os cangaceiros, tendo caído morto o Alferes Antônio Pereira de Melo.
Narra ainda o folheto que em 1913, no atual município de São Sebastião de Lagoa de Roça, o alferes Joaquim Ferreira Coura, bisavô de Israel, desafiou Antonio Silvino e deu-lhe um tiro de raspão. Porém, temendo um mal maior foi refugiar-se em Santa Luzia.
Segundo o site onordeste.com, o cangaceiro: “No auge da vida de bandoleiro, agiu em Fagundes, Esperança, Monteiro, Alagoa Grande e Cabaceiras, até ser preso e levado para a Casa de Detenção, no Recife, onde ficou 22 anos”.
Liberado por força do indulto em 1937, Antonio Silvino teria telegrafado ao Ministro José Américo de Almeida solicitando um emprego federal “pelos relevantes serviços que prestei ao Nordeste” (SANTOS: 2001, p. 181).
Rau Ferreira
Fonte:
- BATISTA, Francisco das Chagas. Literatura popular em verso. Casa de Rui Barbosa: 1977, p. 83/84;
- DANTAS, Ary. GALDINO, Israel. História do Capitão Antonio Silvino – do Agreste ao Sertão. Cordel, edição N° 06. Acervo de Antonio Barbosa. Esperança/PB: 2011;
- ESPERANÇA, Livro do Município. Ed. Unigraf. Esperança/PB: 1985, p. 35.
- FERNANDES, Raul. Antônio Silvino no RN. Ed. Clima: 1990, p. 56;
- http://cgretalhos.blogspot.com: Antonio Silvino, 25/08/2010;
- http://www.onordeste.com, acesso em 07/04/2011;
- SANTOS, Valer Araújo dos. S. Sebastião de Lagoa de Roça - Anotações para a sua história. Ed. Gráfica Fabrício: 2001, p. 178/181.
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quarta-feira, 6 de abril de 2011
DOUTRINADOR: TEMAS JURÍDICOS
Foram inseridos três novos artigos na Sala dos Doutrinadores da Jurisway escritos por Rau Ferreira. Os temas abordados são de grande importância e dão ao leitor uma ampla visão da matéria, esclarecendo alguns pontos de vistas.
Desta vez optou o jurista por tratar da “Igualdade formal e material”, explicar a “Emenda Constitucional” e nos dizer o que é uma “Súmula Vinculante”.
“Muitas pessoas se perguntam a respeito da igualdade de tratamento diante da lei e em certas situações práticas. Neste artigo abordaremos o assunto de forma clara, porém sucinta, de modo a oferecer aos leitores uma noção geral do assunto. Propomos ainda um resumo prático sobre o tema Emenda Constitucional, de fácil assimilação e acesso aos diversos níveis de leitores. E quanto à Súmula Vinculante, apesar de muito debatida inspira algumas dúvidas; de modo que fizemos um resumo prático da matéria que é acessível a todos os leitores e pode servir aos estudantes como ponto de partida para um aprofundamento maior”, disse o jurista em entrevista exclusiva para este site.
Bacharel em Direito pela UEPB e funcionário público estadual concursado. Poeta e escritor, com dois livros lançados, Rau Ferreira colabora com diversos portais de notícias e boletins informativos além de assinar uma coluna no Jornal "Folha de Esperança".
Leia os textos completos acessando os links:
terça-feira, 5 de abril de 2011
Destino final do lixo na cidade de Esperança
A cidade de Esperança é uma das poucas da Paraíba que avança em relação ao destino final do lixo, possui uma Usina de Lixo localizada na zona rural, na localidade Lagoa Verde. Acreditamos que ainda se precisa fazer muito para resolver a problemática do lixo na nossa cidade, no entanto, já temos um fator favorável: a estrutura física da Usina - lugar adequado para o destino final do lixo. Precisa-se agora investir no manejo adequado do lixo, principalmente, com a implantação da coleta seletiva do mesmo.
Chamamos de lixo tudo aquilo que não nos serve mais e jogamos fora. Porém, muito do lixo pode ser reaproveitado através da reciclagem, gerando fonte de renda e empregos, além de contribuir para diminuir a poluição ambiental. A coleta seletiva de lixo é de extrema importância para a sociedade e para o desenvolvimento sustentável do planeta, atendendo às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das gerações futuras atenderem as suas próprias também. Para isso, faz-se necessário, campanhas de sensibilização e conscientização de educação ambiental. Isso exigiria tanto uma mudança nos padrões de produção e consumo, quanto o cuidado com o manejo do lixo nas nossas próprias casas. Nesse caso, os diversos materiais recicláveis devem ser separados antes da coleta, com a colaboração da comunidade.
Atualmente funciona na Usina de Lixo de Esperança uma Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis, dirigida por Marcos Maciel. São pessoas que tiram através da coleta do lixo selecionado, dignamente, suas rendas. Se a população colaborar enviando o lixo separado ajudará muito para o crescimento dessa Cooperativa que tem muito a contribuir com o nosso futuro ambiental; se cada um faz sua parte, juntos teremos uma melhor qualidade de vida, além de uma cidade limpa.
Portanto, gerenciar o lixo de forma sistemática significa limpar o município, através de um sistema de coleta e transporte adequados e, tratá-lo utilizando as tecnologias mais compatíveis com a realidade local, dando-lhe um destino adequado, ambientalmente seguro.
Por Marilda Coelho da Silva (Professora / Historiadora e Especialista em Educação Profissional de Jovens e Adultos – PROEJA / Graduanda em Filosofia / Coordenadora de Ciências Humanas e suas Tecnologias na cidade de Esperança / Mestranda em História pela UFCG).
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