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domingo, 8 de janeiro de 2012

Importância da educação para a humanidade


A Educação é o processo integral de formação humana, pois cada ser humano ao nascer, necessita receber uma nova condição para poder existir no mundo da cultura. Esse processo inclui a aquisição de produtos que fazem parte da herança civilizatória e que concorrem para que os limites da natureza sejam transpostos. Entre eles se colocam os conhecimentos racionais que promoveram o desenvolvimento científico e cultural da humanidade, e a consciência de que o ser humano é o próprio produtor das condições de reprodução de sua vida e das formas sociais de sua organização e devem ser orientadas pelos princípios da solidariedade, do reconhecimento do valor das individualidades, respeito às diferenças, e pela disciplina das vontades.
            Assim, podemos considerar que a educação é o cerne do desenvolvimento da pessoa humana e da sua vivência na sociedade. Nesse processo, o ser humano aprende os modelos vigentes na sociedade, que perpassam todas as instâncias da vida, como hábitos, costumes, crenças e valores. Segundo Libâneo (2003), a educação tem por objeto fazer do indivíduo um instrumento de felicidade, para si mesmo e para os seus semelhantes, porque a felicidade é coisa essencialmente subjetiva, que cada um aprecia a seu modo. Tal fórmula deixa, portanto, indeterminado o fim da educação, e por consequência à própria educação, que fica entregue ao arbítrio individual.
            O ser humano por não receber qualquer determinação por natureza pode construir o seu modo de vida tendo por base a liberdade da vontade, a autonomia para organizar os modos de existência e a responsabilidade pela direção de suas ações. Essa característica constitui o fundamento da formação do sujeito ético. Este deve ser o objetivo fundamental da Educação, ao qual deve ser submetida toda e qualquer prática educativa, aí incluídas as escolares. “O homem é a única criatura que precisa ser educada. Por educação entende-se o cuidado de sua infância (a conservação, o trato), a disciplina e a instrução com a formação”. [...] “O homem não pode tornar-se um verdadeiro homem senão pela educação. Ele é aquilo que a educação dele faz” (KANT, 1996, pp. 11 e 15).
                Na medida em que vai se tornando o mais legítimo espaço na sociedade moderna para realizar a educação das crianças e dos adolescentes, a educação terá de se transformar para recepcionar essa função que lhe caberá por injunção social: a de ser, não apenas o lugar da escolarização, mas, sobretudo o da formação humana e o da formação do sujeito ético. “A educação é então uma atividade, uma prática mediante a qual buscamos aprender a praticar essa subjetividade e encontrar aí as referências para a nossa vida, para as nossas ações que constituem de fato nossa existência real” (SEVERINO, 2002, p. 186).
            Entendemos que a educação escolar não pode limitar-se a mera transmissão de conteúdos. É preciso rever seu papel perante a sociedade de modo a resgatar a sua verdadeira função social: a humanização do ser humano, para isso, é necessário o conhecimento e a prática dos valores humanos inerentes ao homem, de modo a ajudar cada ser na busca pelo conforto interior.  Nessa perspectiva, o ser humano precisa da educação, pois é ela que o faz humano: a educação o forma; ela o constitui como humano. Kant ressalta a ideia de se dar uma forma conveniente ao humano: “É entusiasmante pensar que a natureza humana será sempre melhor desenvolvida e aprimorada pela educação e que é possível chegar a dar aquela forma que em verdade convém à humanidade” (1996, p. 17).
                Por fim, a educação promove a formação humana, a qual torna o homem humano.

REFERÊNCIAS

KANT, I. Sobre a pedagogia. Trad. Francisco Cock Fontanella. Piracicaba, SP: Editora Unimep, 1996.

LIBÂNEO, José Carlos. Adeus professor, Adeus professora? Novas exigências educacionais e profissão docente. 7ª ed. São Paulo: Cortez, 2003.

SEVERINO, A. J. A Filosofia da Educação no Brasil: esboço de uma trajetória. In: GHIRALDELLI Jr., Paulo (org.). O que é filosofia da educação? 3. Ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.

Por Marilda Coelho da Silva

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